A queda de 0,7% na indústria em fevereiro (em comparação ao mês imediatamente anterior) sinaliza um primeiro semestre difícil para o setor.
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A queda de 4,1% do PIB em 2020 sinaliza a dimensão dos impactos da pandemia na economia brasileira. Mesmo com a adoção de medidas emergenciais, que juntas somaram mais de R$ 600 bilhões, e a consequente recuperação no segundo semestre, a atividade econômica registrou seu pior resultado na série histórica do IBGE, iniciada em 1996.
A produção industrial de dezembro avançou 0,4% em relação ao mês anterior (já descontada a sazonalidade), com desempenho negativo em setores-chave para a recuperação da indústria. Embora o resultado perfaça a nona alta consecutiva, a trajetória de desaceleração preocupa para 2021.
Na semana que se encerrou o Ibovespa caiu para seu menor nível desde novembro de 2020, os juros futuros subiram de forma abrupta, revertendo uma tendência de suave queda e o câmbio voltou a se desvalorizar, fechando a semana em R$ 5,60. Prontamente os analistas se puseram a denunciar que a culpa da piora nos indicadores se devia às decisões atabalhoadas do Presidente da República na sua decisão intempestiva de substituir o presidente da Petrobras.
De acordo com a última Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, publicada em 11 de fevereiro de 2021, o setor de serviços apresentou queda expressiva em relação à 2019.
O comércio varejista ampliado brasileiro apresentou queda de 3,7% em dezembro comparado a novembro de 2020, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE.
A produção industrial de novembro avançou 1,2% em relação ao mês anterior (já descontada a sazonalidade), reforçando a trajetória de desaceleração da recuperação em relação ao terceiro trimestre.
Variação mensal novamente foi significativa dada a magnitude das medidas emergenciais. Persiste, porém, forte incerteza sobre a sustentação dessa trajetória num cenário ainda desfavorável à retomada dos investimentos .